O arquiteto e ambientalista, Luiz Carlos Ribeiro fez um alerta na última Audiência Pública “Meio ambiente por uma Dourados sustentável” que se algo não for feito, os córregos que cortam a cidade desaparecerão em pouco tempo.
Ele mostrou animações que mostram que a maior parte das áreas de fundo de vale na cidade estão a mercê da própria sorte e ocupadas por casas, sem mata ciliar. O mesmo ocorre com as nascentes que compõem o Rio Dourados, que mesmo dando nome à cidade é desprezado.
Na opinião dele isso está acontecendo porque falta uma política contínua de preservação ambiental “Sai um prefeito vem o outro que não continua o trabalho do outro e as vezes, pelo contrário, desfaz o que o primeiro tinha feito”, critica ele.
“Ainda falta o pensamento do administrador público que ele é o administrador de uma ‘S.A’ onde nós somos os acionistas. Cadê o Ministério Público que não investiga se Dourados recebe lixo de outras cidades ou não?”, questionou.
Pesquisa recente da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems), apontou que 90% dos córregos de Dourados estão poluídos.
Foram 12 meses de pesquisa e o córrego mais poluído é o Rego D’água, que recebe esgoto urbano. Depois dele vem o Paragem, com o mesmo problema. “Nos córregos a qualidade da água não é boa e a prova maior é a diminuição das espécies de peixe. No Água Boa, por exemplo, só existem espécies resistentes à contaminação ou que possuem um sistema de respiração também fora da água, como o Cascudo”, explicou o professor biólogo Yzel Rondon Suarez, responsável pela pesquisa quando se encontrou com o prefeito Murilo Zauith para entregar o estudo.
São oito córregos que cortam o perímetro urbano do município. Estão castigados pela ação do homem, os córregos o Laranja Doce e Da Lagoa (que deságuam no Rio Brilhante) e o Água Boa, o Rego D‘Água, o Paragem, o Chico Viegas, o Engano e o Olho D´agua, que deságuam no Rio Dourados, que abastece o município.
MS JÁ
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